domingo, 19 de abril de 2015

A dor das coisas pequenas

A minha dor só a Tu a conheces. Muitos a vêem, mas só Tu a olhas a sério. Com olhos de ver, com olhos de quem ama. A minha dor, não é a dor da guerra, nem da fome nem da doença, nem da perda. É só a minha dor. Uma dor que aos olhos dos que estão sempre prontos a julgar (que afinal somos todos) é pequena e nem deve ser considerada. A minha dor é a dor de todos os dias. A dor de ver sofrer quem eu amo, a dor de ver a miséria e a injustiça no mundo, a dor do medo, a dor da indecisão e da incerteza do futuro...a dor das coisas pequenas. Mas eu sei que Tu não me julgas. Tu entendes que para mim, que não conheço outra, estas dores magoam. Tu entendes isso muito bem e não me chamas picuinha nem fraca nem me apontas o dedo. É por isso que ao pé de Ti, sou capaz de chorar e sou capaz de me despir de todas as máscaras e armaduras que o mundo me obriga a usar. E não há nada mais libertador do que deixar assim, a nu, a dor das minhas feridas, para que as cures, como fazia a minha mãe quando eu caía no jardim e raspava o joelho no cimento e para mim, aquela era a pior ferida do mundo. 
Às vezes, quando te falo da minha dor, ainda sinto vergonha e caio na tentação de achar que não vale a pena por ser tão pequena comparada com outras...mas depois penso que um amor como o Teu, é capaz de me amar como se não houvesse mais ninguém no mundo inteiro porque é um amor que morreu por mim...e um amor assim, percebe a minha dor e chora por ela mesmo que aos olhos do mundo pareça insignificante. E esta certeza é o único remédio capaz de aliviar a dor e de transformá-la em vida nova.  

terça-feira, 14 de abril de 2015

Oração da manhã

Obrigada Pai por mais um dia de vida e de graça.
Que seja um dia cheio de Ti no meu coração,
Que seja um dia iluminado pela luz da Páscoa
Que é a luz que vem da vida vencedora da morte
da coragem vencedora do medo
da generosidade vencedora do egoísmo
do amor vencedor do pecado.
Que no fim deste dia, eu possa sentir que valeu a pena.
Ámen.