quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Natal?

Dois mil e quinze anos depois de dares vista aos cegos e de fazeres ouvir os surdos, continuamos cegos e surdos para os irmãos. Dois mil e quinze anos depois, o mundo inteiro continua a vestir-se de luz e de festa mas o coração dos homens ainda vive às escuras. Dois mil e quinze anos depois, pergunto-me se faz sentido todo este alarido cheio de tradições ocas quando as pessoas ainda não são capazes do perdão. Olhamos e enternecemo-nos com o presépio, enchemos a casa de luzinhas mas esquecemo-nos de preparar o coração. Compramos prendas para as crianças mas esquecemo-nos de lhes dizer que o maior presente da vida é o Teu amor.
Dois mil e quinze anos depois, o mundo continua a precisar que Tu nasças de verdade uma e outra vez e não apenas no dia 25 de Dezembro de cada ano. Uma e outra vez todos os dias, a cada dia da história do mundo, a cada segundo da minha história.

Dois mil e quinze anos depois da encarnação do Amor, o mundo ainda não entendeu nada de nada do que é o amor.   

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