Não podemos gostar todos uns dos
outros. Não podemos. Gostar de alguém, muitas vezes não depende de nós. Posso
não gostar de alguém porque fala demasiado alto ou porque sorri pouco, ou
porque é demasiado emotivo ou por ser demasiado calado...ou então, porque me
fez alguma coisa que me magoou ou que magoou alguém de quem eu gosto…Poderá
haver um sem número de razões. Por isso, o contrário também acontece e nem todos
podem gostar de nós. Claro que não e toda a gente com mais de doze anos sabe
disto.
O que não pode acontecer é, não
nos darmos a oportunidade de passarmos a gostar de alguém de quem não gostamos.
É à partida, pormos de lado aquela pessoa só porque uma vez há uns anos passou
por mim e não me disse olá ou porque “não vou com a cara dela(e) é uma (um) sonsa(o)” então porquê? “não sei mas não vou
com a cara dela(e)”.
Isso não. Isso não é humano nem
cristão. Isso é construir muros e os cristãos devem construir pontes. Não pode
acontecer que, não gostando de alguém, sejamos tendenciosos a ponto de achar
que, tudo o que esse alguém fizer, está mal feito mesmo que esteja bem caramba.
Não pode acontecer estarmos sempre de pé atrás mesmo que a pessoa nos dê provas
de que afinal até pode conquistar a nossa amizade (ou pelos menos a simpatia). Isso
é fechar-se à dádiva do outro.
Não sei se isto tem alguma
serventia, mas as pessoas que neste momento me dizem mais são aquelas de quem,
inicialmente não tinha lá grande opinião. Também pode acontecer continuarmos a
não gostar e pronto. Mas pelo menos, tentamos. Pelo menos isso.